Category: LEITURAS

Telmo Castro

[O Arquitecto é um resistente que tem de lutar contra/com o poder instituído. A ideia de resistência, seja ela política, cultural ou arquitetónica, só pode existir se for identificado algum tipo de regime entrincheirado para ser combatido, para ser resistido. O objetivo de resistência raramente serve para derrubar o regime entrincheirado, mas antes para proporcionar um lugar. De igual modo, só pode existir onde existe uma ordem estabelecida, um espaço, por assim dizer, em que todos os que estão insatisfeitos possam operar mais livremente, mitigando a necessidade de se conciliarem. Como afirma Foucault, “onde há poder, há resistência ao poder”. Acrescentaríamos: “onde há resistência há poder”. Todo o arquiteto, ou agente cultural, o deveria saber. ]

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Ximenes Belo, A História da Igreja em Timor-Leste: 450 anos de evangelização (1562-2012)

 1.º Vol. 1562-1940, Porto, Fundação Eng.º António de Almeida, 2013

Maria Luísa Malato

[A Historiografia, política ou literária, colhe muitas vezes utilidade em ser feita por autores que não se assumem como historiadores. É o que  nos revela este livro de Ximenes Belo sobre a historiografia da igreja em Timor, de 1515 a 1940, uma reflexão delicada sobre as ambiguidades dos agentes históricos e dos seus narradores, uma viagem por um espaço linguístico, uma homenagem à cultura, feita também ela de pensamentos, palavras, atos e omissões.]

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Leonardo Coimbra revista pontes de vista 01-01Leonardo Coimbra, Obras completas, volume VIII,
Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2014.

Catarina Milhazes

[Este volume tem um outro particular interesse: além de nos dar o drama teorizado, dá-nos também o drama pessoalizado, através das cartas pessoais, que são um contributo para traçar o perfil de Leonardo Coimbra.]

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l'exiel albert camus camilo castelo branco revista pontes de vista

AA.VV., L’exil et le royaume: d’Albert Camus à Vergílio Ferreira, collection “Exotopies”, Paris, Éditions Le Manuscrit, 2014.

Manuel Cândido Pimentel

[Pode o leitor encontrar neste livro um mundo de interpretação não monolítica da escrita literária e filosófica de ambos, antes plural de orientações e sugestões, uma proposta de viagens, visitações e revisitações da obra camusiana e vergiliana, um convívio intelectual que, indo da análise literária à filosófica, procura desvincular-se de lugares-comuns e traçar um perfil seguro dos dois autores.]

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palavra escuta e silêncio celeste natario revista pontes de vista _ 01

Jorge Cunha, Maria Celeste Natário e Renato Epifânio (coords.), Palavra, escuta e silêncio: Filosofia, Teologia e Literatura,

Porto,Universidade Católica Editora, 2014

Manuel Lázaro Pulido

[Na totalidade, vinte e uma reflexões de filósofos que falam de poesia, de teólogos que fazem reflexões sobre a poesia com grande dose filosófica, e de poetas que entram num labirinto de razões que às vezes apontam para o além (teologia).]

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