Escrito por ALUNOS DE ESTÉTICA E LINGUAGEM, FLUP 2018/2019
Produção coletiva, a 26 de fevereiro de 2019, na aula de Estética e Linguagem, Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2018/2019).
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Escrito por ALUNOS DE ESTÉTICA E LINGUAGEM, FLUP 2018/2019
Produção coletiva, a 26 de fevereiro de 2019, na aula de Estética e Linguagem, Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2018/2019).
Escrito por SARA AUGUSTO
A relação interartística, entre poesia e fotografia, que seria de esperar da parte de quem lida com os dois domínios como coisa própria, não se apresenta de forma continuada.
No breve livro de poesia com o vasto título de «Universália», diz-se: “Estariam secas as fontes/ destes versos/ não fora os medos/ que sobrevivem, tão perversos,/ eternos bronzes/ da estatuária dos degredos (1919, p. 34). Os versos, cortados e incisivos, apontam uma das razões mais fundas para o exercício poético de António Duarte Mil-Homens: a poesia como movimento íntimo de liberdade, sentido como urgente a partir das contingências quotidianas. Neste contexto, o sentido do “medo” atinge uma dimensão ampla, manifestando, sobretudo, a condição tão frágil, mas também tão efémera, da vida humana.