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Escrito por NUNO JÚDICE
Ó noite, flor acesa, quem te colhe?
Sophia
Cantaste a luz e o mar, o sal
das águas e o sal da vida, o terror
do mais fundo e a exaltação
do mais alto. Mas nessa janela
de onde vias a Grécia e o infinito,
não quando olhavas para lá
do vidro, mas quando guiavas
os versos na página, num exercício
de timoneira da poesia, a música
vinha ao teu encontro. E
afastavas de ti o abutre e a cobra,
ouvindo a lira do vento e o transparente
rumor dos cedros. Assim colheste
a flor em chama da noite
e acendeste, com o seu fogo,
a pura essência do mundo.
das águas e o sal da vida, o terror
do mais fundo e a exaltação
do mais alto. Mas nessa janela
de onde vias a Grécia e o infinito,
não quando olhavas para lá
do vidro, mas quando guiavas
os versos na página, num exercício
de timoneira da poesia, a música
vinha ao teu encontro. E
afastavas de ti o abutre e a cobra,
ouvindo a lira do vento e o transparente
rumor dos cedros. Assim colheste
a flor em chama da noite
e acendeste, com o seu fogo,
a pura essência do mundo.