Nascemos com pontos de vista, mas só crescemos com pontes de vista.

Por isso, com ou sem razão etimológica se diz que a Hermenêutica deve o seu nome a Hermes, o deus dos caminhos que se cruzam: só crescemos quando o nosso olhar se cruza com o outro, num conhecimento em diálogo.

Desloquemo-nos pois entre duas margens: a Filosofia e a Literatura. Até que ambas se toquem naquela pedra angular que une aquilo que queremos dizer à forma como dizemos; discurso íntegro de gestos inteiros.
ABRIL, 2015