Tag: Maria Luísa Malato

Sophia: O que há num nome

29 Outubro 2019

Escrito por MARIA LUÍSA MALATO

Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, teria igual perfume?

What’s in a name?”, o que é que há afinal num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, teria igual perfume? É a partir de 1954 que, na capa de «No tempo dividido», aparece pela primeira vez a assinatura de Sophia, mantida a partir de então. Com efeito, em «Poesia» (1944), «Dia do Mar» (1947) e «Coral» (1950), a autora tinha assinado os seus livros com a grafia simplificada pelo acordo: Sofia.

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Sophia e a dança

29 Outubro 2019

Escrito por MARIA JOSÉ MAGALHÃES DA SILVA
& MARIA LUÍSA MALATO

Sobre os textos gentilmente cedidos à CNB pelos oradores da conferência/conversa realizada no Teatro Camões a 25 de janeiro de 2014, que reproduzem as suas intervenções [Sousa, C. M., Eiras, P. e Santos, J. P. (2014). Sophia e a dança. Lisboa: Companhia Nacional de Bailado].

Este pequeno livro é constituído por três artigos sobre o tema “Sophia e a Dança”, e procura dar a conhecer a importância da dança na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen. Como é dito na folha de rosto, é o resultado do trabalho de investigação levado a cabo por Carlos Mendes de Sousa, Pedro Eiras e José Manuel dos Santos, convidados pela Companhia Nacional de Bailado para uma conferência/conversa, realizada a 25 de janeiro de 2014, no Teatro Camões.
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Maria Luísa Malato

entrevista

Fernanda Irene Fonseca

fernanda-irene-fonsecaA Fernanda Irene Fonseca se devem alguns dos mais importantes estudos sobre a obra de Vergílio Ferreira, em parte reunidos na obra Vergílio Ferreira: a celebração da Palavra (1992). Foi a organizadora do Colóquio Interdisciplinar de Homenagem a Vergílio Ferreira (Porto, 1993) e das respetivas Actas (1995). Continuou, até hoje, a escrever regularmente artigos sobre Vergílio Ferreira que se encontram ainda, infelizmente, dispersos. Depois de 36 anos como Professora de Linguística na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, aposentou-se para se dedicar quase exclusivamente ao estudo do espólio de Vergílio Ferreira. Fez a edição critico-genética do manuscrito de um diário escrito pelo romancista entre 1944 e 1949, que foi a primeira obra do seu espólio a ser publicada. Co-editou também, em colaboração com Hélder Godinho, o romance Promessa, de 1947, o único romance completo que Vergílio Ferreira deixou inédito.

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Ximenes Belo, A História da Igreja em Timor-Leste: 450 anos de evangelização (1562-2012)

 1.º Vol. 1562-1940, Porto, Fundação Eng.º António de Almeida, 2013

Maria Luísa Malato

[A Historiografia, política ou literária, colhe muitas vezes utilidade em ser feita por autores que não se assumem como historiadores. É o que  nos revela este livro de Ximenes Belo sobre a historiografia da igreja em Timor, de 1515 a 1940, uma reflexão delicada sobre as ambiguidades dos agentes históricos e dos seus narradores, uma viagem por um espaço linguístico, uma homenagem à cultura, feita também ela de pensamentos, palavras, atos e omissões.]

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l'exiel albert camus camilo castelo branco revista pontes de vista

AA.VV., L’exil et le royaume: d’Albert Camus à Vergílio Ferreira, collection “Exotopies”, Paris, Éditions Le Manuscrit, 2014.

Manuel Cândido Pimentel

[Pode o leitor encontrar neste livro um mundo de interpretação não monolítica da escrita literária e filosófica de ambos, antes plural de orientações e sugestões, uma proposta de viagens, visitações e revisitações da obra camusiana e vergiliana, um convívio intelectual que, indo da análise literária à filosófica, procura desvincular-se de lugares-comuns e traçar um perfil seguro dos dois autores.]

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Maria Teresa Horta entrevistada maria luisa malato revista pontes de vista _ 01Maria Luísa Malato

entrevista

Maria Teresa Horta

Hesitamos em escrever uma introdução biobibliográfica a esta entrevista a Maria Teresa Horta. Que sentido tem a biografia de uma escritora para quem a conhece, e são tantos? Que sentido pode fazer uma biografia para quem não a leu? Deviam. Nascida em Lisboa, a 20 de maio de 1937, mais nos interessa a sua universalidade. Descendente por via materna e paterna, da Casa de Fronteira e da poetisa Leonor de Almeida, Marquesa de Alorna, sobre a qual escreveu As Luzes de Leonor (2011), o que interessa nela é uma indelével aristocracia de caráter. E as luzes de Leonor mais deviam fazer parte da nossa “educação sentimental”. Co-autora, com Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno (as Três Marias), das Novas Cartas Portuguesas, obra proibida pela censura e julgada em tribunal por imoralidade em 1972, ensina-nos, em cada obra que publica, do Espelho Inicial (de 1960) a Meninas (de 2014), uma contínua naturalidade da provocação. Minha Senhora de Mim, provocação maior que a vida não existe! Jornalista de profissão (trabalhou no Diário de Lisboa, n’A Capital, no República, n’O Século, no Diário de Notícias, na revista Mulheres, no Jornal de Letras, Artes e Ideias/ JL…), sublinha bem que Cronista não é recado (1967). Acaricia por nós “as palavras do corpo” (cf. 2012), pois “Morrer de amor/ e de amar” é a morte que todos nós devíamos fazer por merecer.

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