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Escrito por MARIA JOSÉ MAGALHÃES DA SILVA
& MARIA LUÍSA MALATO
Sobre os textos gentilmente cedidos à CNB pelos oradores da conferência/conversa realizada no Teatro Camões a 25 de janeiro de 2014, que reproduzem as suas intervenções [Sousa, C. M., Eiras, P. e Santos, J. P. (2014). Sophia e a dança. Lisboa: Companhia Nacional de Bailado].
Escrito por PEDRO EIRAS
A minha memória deste poema ficou, intacta, como presa num cristal, numa gota de âmbar.
Eu teria talvez onze ou doze anos, não posso precisar, quando li pela primeira vez um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen. É assim, pelo menos, que lembro, tantos anos depois.
O Dom Interrompido: uma leitura do conto «O jantar do bispo», de Sophia de Mello Breyner Andresen
29 Outubro 2019
Escrito por NUNO HIGINO
Sophia afirma: “Isto [o facto de dar tudo e se identificar com a extrema pobreza do seu povo] desafiava o uso, o costume. Já nem era virtude: era desordem, anormalidade, bolchevismo”.
Sobre a natureza do círculo
«O jantar do bispo» é um conto clarividente e, por isso, de complexa interpretação. Há diversos círculos que se constroem aparentemente de forma isolada, mas que, com o decorrer da história, se vão tocar (e interromper) de forma decisiva.
Escrito por MIGUEL REAL
As palavras nomeadas, simplesmente nomeadas, (quase) sem adornos estilísticos, nuas, tornam-se mais do que palavras, denotando uma transcendência e um poder absolutos, definidores da humanidade do homem.
A poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, iniciada em 1944 com o livro «Poesia», espelha a sensibilidade cultivadora de uma “rara exigência de essencialidade” (David Mourão-Ferreira) com a utilização do léxico comum das línguas – palavras simples –, diálogo entre uma natureza humana limpidamente ética e uma natureza auroralmente divina. A Grécia clássica guarda o segredo e o tesouro do último momento histórico em que homem e natureza teriam vivido em fusão, experimentando aquela inteireza exemplar da vida, a verticalidade solar de, transcendente e imanentemente, se sagrar filho dos deuses.