Author: pontesdevista1

CADAVRE-EXQUIS: Homenagem à poesia do acaso

29 Outubro 2019

Escrito por ALUNOS DE ESTÉTICA E LINGUAGEM, FLUP 2018/2019

Produção coletiva, a 26 de fevereiro de 2019, na aula de Estética e Linguagem, Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2018/2019).

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Ut pictura poesis: mil palavras, mil imagens, Mil-homens

29 Outubro 2019

Escrito por SARA AUGUSTO

A relação interartística, entre poesia e fotografia, que seria de esperar da parte de quem lida com os dois domínios como coisa própria, não se apresenta de forma continuada.

No breve livro de poesia com o vasto título de «Universália», diz-se: “Estariam secas as fontes/ destes versos/ não fora os medos/ que sobrevivem, tão perversos,/ eternos bronzes/ da estatuária dos degredos (1919, p. 34). Os versos, cortados e incisivos, apontam uma das razões mais fundas para o exercício poético de António Duarte Mil-Homens: a poesia como movimento íntimo de liberdade, sentido como urgente a partir das contingências quotidianas. Neste contexto, o sentido do “medo” atinge uma dimensão ampla, manifestando, sobretudo, a condição tão frágil, mas também tão efémera, da vida humana.

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Uma imagem de Sophia

29 Outubro 2019

Escrito por NUNO JÚDICE

Ó noite, flor acesa, quem te colhe?

Sophia

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“De olhos bem abertos”: breve evocação de Sophia de Mello Breyner Andresen

29 Outubro 2019

Conduzida por PEDRO BARROS a MIGUEL SOUSA TAVARES,
intervencionada por MARIA LUÍSA MALATO

Transcrição de partes da entrevista feita a Miguel Sousa Tavares, a propósito do lançamento de «Cebola Crua Com Sal e Broa: da infância para o mundo» (2018) em Amarante (23 de Fevereiro de 2019).

Intervenientes: Miguel Sousa Tavares (MST), Pedro Barros (PB), Maria Manuel Alvito (MMA).

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Sophia: O que há num nome

29 Outubro 2019

Escrito por MARIA LUÍSA MALATO

Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, teria igual perfume?

What’s in a name?”, o que é que há afinal num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, teria igual perfume? É a partir de 1954 que, na capa de «No tempo dividido», aparece pela primeira vez a assinatura de Sophia, mantida a partir de então. Com efeito, em «Poesia» (1944), «Dia do Mar» (1947) e «Coral» (1950), a autora tinha assinado os seus livros com a grafia simplificada pelo acordo: Sofia.

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Dignidade na palavra e na sabedoria

29 Outubro 2019

Escrito por GUILHERME D’OLIVEIRA MARTINS

Sophia de Mello Breyner é um sinal muito português e universal de talento, sensibilidade e sabedoria. Cada palavra da sua obra apela à reflexão, à exigência e à liberdade, para além do efémero das ideias feitas para contentarem o “espírito do tempo”.

“Nasci no Porto” – dizia Sophia de Mello Breyner Andresen (*1919-†2004).

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Sophia e a dança

29 Outubro 2019

Escrito por MARIA JOSÉ MAGALHÃES DA SILVA
& MARIA LUÍSA MALATO

Sobre os textos gentilmente cedidos à CNB pelos oradores da conferência/conversa realizada no Teatro Camões a 25 de janeiro de 2014, que reproduzem as suas intervenções [Sousa, C. M., Eiras, P. e Santos, J. P. (2014). Sophia e a dança. Lisboa: Companhia Nacional de Bailado].

Este pequeno livro é constituído por três artigos sobre o tema “Sophia e a Dança”, e procura dar a conhecer a importância da dança na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen. Como é dito na folha de rosto, é o resultado do trabalho de investigação levado a cabo por Carlos Mendes de Sousa, Pedro Eiras e José Manuel dos Santos, convidados pela Companhia Nacional de Bailado para uma conferência/conversa, realizada a 25 de janeiro de 2014, no Teatro Camões.
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Sophia – um testemunho

29 Outubro 2019

Escrito por PEDRO EIRAS

A minha memória deste poema ficou, intacta, como presa num cristal, numa gota de âmbar.

Eu teria talvez onze ou doze anos, não posso precisar, quando li pela primeira vez um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen. É assim, pelo menos, que lembro, tantos anos depois.

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A Poética de Sophia à luz do Pensamento de Maria Zambrano

29  Outubro 2019

Escrito por TIAGO CABRAL

A necessidade de dar resposta ao diálogo provocado pela obscuridade dá-se numa solidão, não tem explicação e percebemos que não é universal. “De facto, um homem que precisa de poesia precisa dela, não para ornamentar a sua vida, mas sim para viver”. Ter o sentido da poesia é algo que só alguns têm, é uma água que só alguns reconhecem e precisam de beber. 

1. A maravilhosa «Evocação de Sophia» de Alberto Vaz da Silva (2009) abre com três epígrafes: a primeira, de Louis-Claude de Saint-Martin – “Il y a des êtres à travers qui Dieu m’a aimé” –, mostra a amizade como um dom divino, precioso, como se um amigo fosse um enviado de Deus especialmente a nós dirigido. Assim se terá sentido Alberto Vaz da Silva relativamente a Sophia.

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O Dom Interrompido: uma leitura do conto «O jantar do bispo», de Sophia de Mello Breyner Andresen

29 Outubro 2019

Escrito por NUNO HIGINO

Sophia afirma: “Isto [o facto de dar tudo e se identificar com a extrema pobreza do seu povo] desafiava o uso, o costume. Já nem era virtude: era desordem, anormalidade, bolchevismo”.

Sobre a natureza do círculo

«O jantar do bispo» é um conto clarividente e, por isso, de complexa interpretação. Há diversos círculos que se constroem aparentemente de forma isolada, mas que, com o decorrer da história, se vão tocar (e interromper) de forma decisiva.

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